segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O Lince foi à neve!

Em fim-de-semana de retorno às origens, o Lince foi recebido nos braços da Serra-mãe com um horizonte pintado de branco que se manteve sempre ali, a lembrar que o Natal já não está assim tão longe. É um espectáculo familiar, mas que nunca cansa. Oxalá daqui a 23 dias a neve torne a visitar-nos.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Originalidade

- Ó Fonseca! O Natal já está quase aí e temos de começar a pensar nas decorações da cidade.
- Com certeza, Sr. Presidente! O que acha de tornarmos a pôr a maior árvore de Natal da Europa nos Aliados? Dois anos seguidos! Isso é que era, para aquele pessoal da Mouraria não achar que só eles é que a tiveram dois anos seguidos!
- Naaaa! Fonseca, não me parece que valha a pena repetir a tentativa do ano passado. Andámos para aqui a vangloriar-nos que tínhamos a maior da Europa (árvore, entenda-se) e depois constou por aí que na Roménia tinham uma ainda maior. Para não corrermos riscos, acho que
este ano devemos ser originais.
- Claro, claro, Sr. Presidente. Excelente ideia! Então se não é um pinheiro de Natal, o que havemos de colocar para embelezar a sala de visitas da cidade nesta época natalícia? Com certeza, algo que se relacione logo com o Natal... Que há-de ser? Assim de repente, se não for pinheiro... Já sei: um presépio! Vamos colocar um presépio todo moderno feito com luzes, que há-de ser o maior da Europa.
- Hmmm, talvez resultasse, mas podíamos pensar noutra coisa...
- Bom, a seguir a pinheiro e presépio, associo logo ao Natal o Pai Natal ou simplesmente estrelas. Que acha, Sr. Presidente? O maior Pai-Natal-a-entrar-numa chaminé da Europa nos Aliados. Ou a maior estrela de Natal da Europa!
- Talvez devêssemos ser mais originais ainda para que não poder mesmo haver ninguém a copiar-nos, Fonseca.
- Deixe cá ver... além de pinheiros, presépios, pais natais e estrelas, o azevinho ou os embrulhos ou o floco de neve vêm logo à cabeça quando se pensa na época natalícia.
- Espere aí, Fonseca, já sei! Um sino!! Toda a gente associa o Natal aos sinos e faz sempre parte das decorações natalícias. Os sinos até se vêem e ouvem por todo o lado! Aposto que ninguém mais se vai lembrar de fazer um sino gigante em vez de um pinheiro de Natal na praça principal de uma cidade. Nem os romenos! Não lhe parece uma óptima ideia, Fonseca?
- Óptima... ideia... Hmmmm, claro, Sr. Presidente, claro. Evidentemente, um sino gigante! Como é que não me lembrei disso? E até já sei o que poderemos pôr no próximo ano para sermos originais, um Coelho da Páscoa! Ou simplesmente, sei lá, um pneu gigante!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Cegueira

Estreia em breve em Portugal (finalmente!) o tão aguardado filme de Fernando Meirelles adaptando o Ensaio sobre a Cegueira. Houve, parece, hoje uma apresentação do filme com direito a presença do realizador e do próprio Saramago (até podia dizer "... do próprio Saramago, autor do livro que deu origem ao filme", mas para quê querer armar-me em espertinho se é para dizer o que toda a gente já sabe...). Também nem vale a pena dizer que a apresentação foi em Lisboa; já toda a gente sabe que tudo acontece na capital e mai' nada!

Bom, mas o que trouxe o Lince à lura hoje nem é tanto a estreia do filme (aguardado por estes lados com grande expectativa... a Sra. D.ª Julianne Moore é uma senhora!), mas principalmente a forma como a notícia é veiculada nas notícias. Grande pompa com directos para a sala de espectáculos e tudo.

Até aqui, tudo normal, não fosse este o país onde a televisão acha qualquer coisa digna de directos com "entrevistas" de repórteres com perguntas sempre tão inteligentes e enriquecedoras para o espectador como a de perguntar aos infelizes que ficaram com as vidas destruídas por um incêndio "então e como se sente?".

Mas o golpe de génio dos nossos jornalistas no respeitante à estreia deste filme (era aqui que queria chegar) é mesmo a forma de se referirem ao filme. Por uma vez que um filme americano é adaptado de uma obra literária portuguesa e onde, portanto, não há a menor hipótese de se errar na tradução (retroversão?) do título, é mesmo necessário dizerem "Blindness" por tudo e por nada? Será assim tão difícil dizerem "Ensaio sobre a Cegueira"? É assim que toda a gente se refere ao livro desde que ele existe, e agora tem de se dizer "Blindness"? É mais chique, querem ver?

Que raio de cegueira afecta este país, onde nem o que é nosso escapa a ser tratado com expressões inglesas.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Gosta de criancinhas?

É verdade que o Lince nunca leu o jornal Sol (só o logo basta para assustar até o mais feroz dos felinos!), mas constou-lhe que era um jornal de esquerda. Seja ou não, havia alguma necessidade de virem para as ruas afirmar que é "o jornal que gosta das crianças"? Andava o mito de que os comunistas comem criancinhas ao pequeno almoço tão bem sossegadinho, que já quase ninguém se lembrava disso, e vêm estes azelhas agora trazer tudo novamente ao de cima, espalhando por todo o lado que gostam de crianças?

domingo, 5 de outubro de 2008

Tardes de Outono

Talvez o Verão já tenha mesmo ido embora de vez, mas ainda nos vai presenteado com umas tardes solarengas o suficiente para permitirem ao Lince uma agradável e despreocupada sesta no quintal, à sombra do azevinho. Ah, estas tardes sossegadas são tão boas que até diminuem a neura de fim de fim-de-semana...

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Premiere: the End?

O Outono chegou e fez-se anunciar com toda a solenidade que julga merecer (convencido): grande chuvada logo pela manhã, para semear o caos no trânsito e, pior, para obrigar o Lince a apanhar uma molha monumental.

Mas alegrai-vos, saudosos do Verão! Rejubilai, molhados mártires do Outono!

Neste dia em que o Sol ameaçava desaparecer, surge uma razão para encarar a época que se avizinha com optimismo. Anuncia-se o regresso às bancas da revista que há um ano desapareceu, deixando este Lince órfão das leituras que fazem das idas ao cinema uma experiência completa. A confirmar-se o regresso da Premiere (tudo indica que sim, mas só fico descansado quando a tiver na minha posse) pelas mãos da mesma equipa que no-la entregava mês após mês (embora através de outra editora), tardes cinzentas e noites de chuva prometem voltar a ser agradáveis, pelo que representam de idas ao cinema motivadas por tão fundamental bíblia!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Sabores dos Himalaias

Como acabar a semana da melhor maneira? Para já, com um rico jantar no restaurante nepalês "Monte Everest", em Matosinhos. Pois é, o Lince armou-se em exótico e foi (mais uma vez) ver o que os Leopardos das Neves costumam degustar...

A decoração do espaço pode ser um pouco a dar para o etno-kitsch (mas sem isso nem metia piada...) e os empregados podem não ser os mais carinhosos (também não são grosseiros... são, digamos, reservados), mas a comida é saborosa e, sem mais nenhuma razão em especial, é um restaurante onde o Lince gosta sempre de voltar. Talvez seja o desafio de, com alguma simpatia e boa disposição, conseguir fazer desenhar-se um sorriso no rosto daquela senhora nepalesa que nos recebe sempre com o mesmo ar ausente de quem tem preocupações, trabalho e saudades do seu país a mais.

O restaurante caiu-me bem e cai-me sempre bem de cada vez que volto. E recomendo.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Manifesto de admiração

Esta senhora é verdadeiramente colossal. Não é pelo tamanho, que ela está bem elegante para os seus 59 anos, mas por mais um papel - o 58.º de uma carreira iniciada ainda o Lince não miava neste mundo - em que supera os seus limites e prova (mais uma vez) que não há registo em que não consiga sair-se bem. Desta vez, Meryl Streep (faça-se a devida vénia) deslumbra em Mamma Mia!.

É um musical? É, e nem toda a gente gosta, como se sabe. Adapta um musical da Broadway criado a partir das músicas dos ABBA? Adapta sim senhor, e nem toda a gente gosta dos ABBA, é verdade. Mas tem esta actriz fabulosa que muita gente apelida de "a melhor actriz do seu tempo" no papel principal, o que só por si torna indispensável ver este filme (o verbo devia, na verdade ser substituído pelo viver, tal é a boa disposição que dele se desprende e contagia toda a assistência!). O título que muitos atribuem a Meryl pode não ser unânime, mas para o Lince é indiscutível (a Nathalie Portman que tenha paciência, mas a vez dela chegará um dia, com certeza). Fica o manifesto, uma vez mais entre tantas outras, a admiração pelo seu trabalho e pelo seu talento... até tornar a deslumbrar no seu próximo filme.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Viagem ao passado II

Hoje, no regresso à lura, o Lince captou no ar um aroma familiar, ainda que em lugar estranho. O adocicado perfume da relva acabada de aparar. De imediato, o Lince foi transportado para outro espaço, o de uma infância despreocupada noutra lura, e para um outro tempo, o de há vários lustros atrás. O tempo em que um relvado não era só um relvado, mas todo um universo de brincadeiras, solitárias ou acompanhadas. Em que um relvado era uma pista nunca igual para carrinhos correrem por entre tufos de relva ou uma selva por desbravar com inúmeros perigos à espreita, onde as aventuras forjavam laços de companheirismo com amigos que o tempo e o espaço (o espaço, o espaço...) trataram de apartar.
Subitamente, um outro odor, o de um guisado vindo de uma qualquer janela da rua, arranca o Lince de um campo de memórias em que se vai já perdendo. Tudo é de novo o presente de 2008, o presente de um Lince adulto onde a magia parece por vezes não existir. Mas não, ela está ainda por aí! Feita de pessoas e momentos que se cruzam comigo e que preenchem a vida.

domingo, 31 de agosto de 2008

Hellboy


Pois é, o Lince raramente consegue dizer que não a um filme baseado em personagens de comics, especialmente se gostar mesmo das personagens em questão. É o caso do filme do Hellboy II: O Exército Dourado.

Um blockbuster de Verão repleto de acção tendo um pano de fundo meio sobrenatural, diriam alguns. É verdade. Mas até o Lince precisa de um filme neste registo de vez em quando (ok, este ano já foram o Hulk, o Iron Man, o Dark Knight e agora este, mas tem valido a pena).
O Hellboy é um filme de super-heróis que transpõe para o grande ecrã de forma exímia o ambiente que o criador da personagem - Mike Mignola - soube criar nos livros. A um enredo a que não falta nenhum dos ingredientes que fazem as delícias dos leitores dos livros do Hellboy (até porque o próprio Mignola é co-argumentista do filme), soma-se o delírio visual de Guillermo del Toro que conhecemos, por exemplo, do primeiro filme do Hellboy (2004) e, principalmente, do Labirinto do Fauno (2006). Seja pelas cenas de acção, seja pela envolvência mística e fantástica ou pelas próprias personagens que, de tão inauditas, despertam de imediato a curiosidade, além de que são bastante bem desenvolvidas, este é um filme que recomendo ver (perdoem-se apenas os maneirismos exagerados e irritantes do Princípe Nuada - se era essa a intenção, então foram bem sucedidos. O conselho é válido tanto para quem conhece de antemão o mundo de Hellboy, como para quem não conhece.

E de caminho, dêem uma olhadela aos livros de banda desenhada já editados em português, que valem bem a pena.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A febre


A febre do Heroes voltou à lura.
Oito meses depois de ter recebido a 1.ª temporada em DVD recheadíssima de extras, eis que chegou a hora de explorar com a calma devida (a que é possível, pois a vontade de ver "só" mais um episódio é sempre muita) esta série fabulosa que narra de forma muito verosímil o surgimento, na Terra, de pessoas com talentos especiais, que poderíamos chamar de superpoderes.
Aproximando-se muito do universo dos comics americanos de que o Lince é incurável apreciador, esta série torna-se um objecto de arte televisiva americana a ver, na medida em que apresenta um enredo intrincado, que sabe manter o suspense no final dos episódios como poucas, e na medida em que as personagens são credíveis (especialmente por não passarem a usar collants azuis com cuecas vermelhas por cima de um dia para o outro só porque descobrem possuir poderes): são mesmo seres humanos como nós, que são confrontados com descobertas sobre si que nem sempre são bem-vindas e nem sempre vêm facilitar-lhes a vida (como nós também ao longo da vida) e que têm que aprender a (sobre)viver com isso.

E como está na hora de mais um (dois, três...) episódio, o Lince fica por aqui.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O máximo

Não só já é "doutor" como agora o Lince também ganhou o título de "o máximo"! Isto de passar o dia a ouvir palavras destas faz mesmo muito bem ao ego. E o Lince bem precisa, como todos sabem. 
Obrigado a todos e a todas.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Dr. Lince


Vejam só o que chegou hoje à lura! Pois é, praticamente 7 anos depois de terminada a licenciatura, o Lince recebeu o seu canudo.

Se valeu a pena a espera? Claro!, um diploma em pergaminho tão lindo, escrito em latim e com uma fita azulinha que tem dependurado um selo e tudo... E se valeu os quase trinta contos pagos na altura? Claro!, o metro do pergaminho está pela hora da morte (dos cordeiros), como toda a gente sabe e o selo nem é em latão... é em prata!
Nem vale a pena pensar o jeito que me tinha dado ter ficado com os 30 contos no meu bolso há sete anos atrás, precisamente quando acabava de ficar desempregado (ou recém-licenciado, o que é quase a mesma coisa); ficaram a render para a universidade e ficaram muito bem, que ela bem precisa de dinheiro.

Com semelhante troféu, é toda uma vida que muda completamente! É que o raio do diploma dá mesmo jeito. Já o certificado, aquela folheca de nada, que utilidade tem? Agora não há cá confianças: é "Sô Dôtor Lince" para toda a gente, mas toda mesmo, desde o revisor do metro à senhora do quiosque, passando pela mãe, pai e restante família
!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

O Atlântico nunca mais será o mesmo


As férias do Lince levaram-no a paragens toscanas, já se sabe. Levaram-no ao encontro desse que é o berço da civilização ocidental, esse mar de comunicação e comunhão que foi e ainda vai sendo o Mediterrâneo.

É sabido que o Lince, como os felinos em geral, não é apreciador de praia e de mar por aí além, mas eis que a descoberta do mítico Mediterrâneo faz vacilar essa relativa aversão. As águas tépidas conhecidas primeiro nas Cinque Terre e depois reencontradas na costa do Parque Natural da Maremma conquistaram-me definitivamente. E, para mim, o Atlântico nunca mais será o mesmo. Isto é, pelo menos até desvendar o mistério da "água que parece sopa" dos trópicos. Nessa altura, talvez se redima!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Fim de férias


Chegam hoje ao fim as férias do Lince. É uma inevitabilidade. Mas apesar de tudo, uma boa inevitabilidade.

Como todas, pareceram umas férias breves. Mas intensas de sensações e experiências e retemperadoras (assim se espera). Novos sítios descobertos - consta que também já se avistam linces na Toscana -, sítios familiares desfrutados,
pessoas com experiências e emoções partilhadas ao sabor de conversas tranquilas tidas à luz das estrelas da nossa Beira ou à beira do nosso mar... Atlântico ou Mediterrâneo, tanto dá.

Acabam-se as férias, é verdade, mas importa é que alguma da serenidade (re)conquistada se propague pelo quotidiano a que agora se regressa. Mais para diante se saberá, pois
o regresso à labuta diária e ao corre-corre quotidiano o confirmarão.

Até daqui a 11 meses, férias!

domingo, 24 de agosto de 2008

Viagem ao passado

MMM MMM MMM MMM - Crash Test Dummies
É sempre agradável, pelas memórias que se reavivam, depararmo-nos com sons, imagens ou cheiros que nos transportam para tempos mais ou menos afastados (já os há que o Lince pode considerar bastante afastados, helas!). Foi o caso desta música que me saiu ao acaso das colunas do auto-rádio num qualquer trajecto e me levou de imediato para os anos do secundário, para o pátio da nossa mui querida escola, onde CDs se emprestavam a uns e outros para gravar nas já extintas cassettes. Memórias de sons de intervalo entre aulas. Memórias de caras de colegas e amigos, que o foram ou ainda o são. Memórias de rituais que já não se cumprem. Enfim, memórias de momentos que já não voltam, mas que estão presentes no que somos hoje...

Sweeney Todd ao ar livre


A noite de sexta-feira foi noite do lince ir ao cinema ao ar livre. Neste 9.º ano de existência da iniciativa, o lince finalmente foi descobrir este evento.

O filme em questão foi o Sweeney Todd, de Tim Burton (que ficou por ver aquando da passagem pelas salas), e o cenário a zona da gruta nos jardins do Palácio de Cristal. Apesar do que a abundância de sangue do filme poderia levar a crer, o lince não ficou deliciado com a primeira experiência: desde o som que estava em péssimo estado (e não me refiro apenas ao Johnny Depp a cantar) até ao local que não foi o melhor (dentro dos jardins do Palácio podiam ter escolhido outro sítio com mais espaço para mais lugares sentados, a concha acústica, por exemplo) passando pelos senhores que se entretiveram a disparar flashes para a cara dos espectadores que, no escuro, tentavam ver o filme, a sessão deixou a desejar em múltiplos aspectos. Ainda se o filme provasse merecer tal sacrifício, ainda teria valido a pena. Mas este Sweeney Todd, embora não conheça toda a obra do Tim Burton, parece-me ser do piorzinho que este realizador já nos apresentou.

Se a programação do Cinema Fora do Sítio fosse mais apelativo, o Lince ainda estaria disposto a dar uma segunda oportunidade a este evento. Terá de ficar para o próximo ano!

Magia em Cerveira



Há algo de mágico em assistir a um concerto de Wim Mertens numa noite de Verão, sob o céu estrelado de Vila Nova de Cerveira. O dueto com a violinista Gudrum Vercampt aproximou-se à experiência de ouvir o concerto celeste dos astros em movimento, que só alguns ouvidos atentos conseguem ouvir. O Lince foi à cervaria e traz um vídeo não faz justiça ao espectáculo, mas é o que se arranja...

terça-feira, 20 de maio de 2008

A frase

Entra o lince na tenda de entrada do recinto "Cirque du Soleil" e eis que surge de rompante a frase da noite:

Então, estão ansiosos por que o espectáculo do Cirque du Soleil comece?? 
E já alguma vez viram um espectáculo do Cirque du Soleil???

Só faltou mesmo um "então pequenito..." e passar-me a mão pela cabeça... Foi com esta saudação que fomos recebidos por um funcionário hiperzeloso contratado para acolher os visitantes ao mesmo tempo que devia tentar vendar o máximo possível de merchandising. De repente senti que tinha 5 anos. E nem quando tinha essa idade gostava de ter palermas a falarem-me desta forma. Se tivesse essa idade, a minha reacção não teria decerto sido diferente: um sim... meio sussurrado e "vira as costas e afasta-te rápido que o tipo não deve bater muito bem". Foi patético, mas pensando bem, estávamos no circo; o rapaz lá julgou que devia fazer palhaçadas...

domingo, 18 de maio de 2008

O Lince foi ao Cirque

Estava prometido para segunda-feira, mas já foi há uma semana. Uma semana para encontrar palavras para descrever a experiência que foi assistir a tal espectáculo. Mas há lá palavras que lhe façam justiça? Se na televisão parece magia, ali ao vivo sente-se a magia no ar. A graça e a harmonia aliados ao rigor técnico e à perfeição física num casamento perfeito. Será cliché dizer que muitos daqueles artistas (ou todos?) poriam a um canto muitos atletas olímpicos?

E depois, a perfeição e o rigor não se ficam só pelos artistas. Uma organização eficientíssima: se está previsto começar às 21h30, é às 21h30 que começa; e se o intervalo deve acontecer entre as 22h30 e as 23h, é inevitavelmente nesse período que irá durar - nem mais nem menos. A única coisa que lembra que não fomos transportados para outra dimensão onde tudo funciona bem e que ainda estamos em Portugal é a existência dos costumeiros espertalhões, que obviamente não foram educados a conviver com regras e que por isso se julgam acima do cumprimento de qualquer uma, por mais básica e sensata que seja. Ao pedido de não se tirarem fotografias ou registar imagens e de não usar o telemóvel durante o espectáculo, por poderem interferir com a concentração dos artistas, podendo colocá-los em perigo, houve algumas pessoas que fizeram orelhas moucas, mas que tiveram o privilégio de serem de imediato repreendidas pelo staff.

Mas o que interessa é que isso não bastou para estragar o espectáculo que foi mágico. Fica o desejo de ver outros espectáculos do Cirque du Soleil a vir a Portugal.

Ah, e caso estivessem preocupados: o Lince não foi impedido de entrar no recinto.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

O Lince vai ao Cirque

É já amanhã - finalmente! - que o Lince vai ver o espectáculo do Cirque du Soleil, em Lisboa. Tratando-se de um circo que tem como ponto de honra a não utilização de animais nos seus números (que não precisam de animais para ser impressionantes), espero não vir a ter problemas em entrar na grande tenda amanhã. A ansiedade é já muita, mas com certeza o Cirque não irá desiludir.

As impressões ficam para depois do fim-de-semana. 
Até lá.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Calças e cinturas

Vinha o lince calmamente de regresso à lura quando se apercebeu de um indivíduo que caminhava à sua frente num evidente esforço: a cada três passos sensivelmente levava a mão ao cinto das calças e puxava-as para cima. Vim a observar este pitoresco (mas não raro) espectáculo durante algum tempo e, depois de passado o impulso inicial de ir lá dar um puxão para baixo às calças ou de lhas puxar para cima até aos sovacos, pus-me a pensar em como poderia ajudar a aliviar o sofrimento do infeliz das calças cadentes. Ocorreu-me dizer-lhe que se pusesse as calças na cintura e apertasse o cinto como deve ser, elas já não cairiam (sabe-se lá se o rapaz não desconhece esta realidade tão óbvia!). Ocorreu-me também sugerir-lhe que passasse a caminhar com as pernas todas abertas, como grande parte do pessoal que gosta de andar com as calças ao fundo do rabo (sempre evitaria que as calças descaíssem tanto). Mas depois reparei no grande D&G que a etiqueta ostentava e pensei: "se calhar as calças caem-lhe porque são malfeitas. Comprar roupa na candonga pode dar nisto, às vezes." Para não o embaraçar, acabei por não lhe dizer nada e ele lá foi à sua vidinha. Devagar claro, porque de 3 em 3 passos tinha de abrandar para puxar as calças. 
Realmente, para se andar na moda é muitas vezes preciso fazer figuras muito tristes... Será que é para ser sexy?

quarta-feira, 2 de abril de 2008

São servidos?

Que raio de coisa para se dizer quando se está à mesa com mais pessoas que também estão precisamente a comer... Há pequeninas coisas que estão de tal maneira enraizadas nas nossas maneiras de falar ou de agir que nem sequer reparamos nelas e no como, muitas vezes, são bem caricatas. A menos que haja um lince por perto... Pois é, hoje lembrei-me da do "és servido?" Era  uma reflexão que já cá andava há uns tempitos.

O lince teve uma colega nos tempos idos da faculdade que, cada vez que se sentava na cantina com o tabuleiro à frente, junto dos colegas, os presenteava com esta pérola. Um "bom apetite"? Não! Um "são servidos?", como se a comida que do prato dela fosse diferente ou quiçá melhor que as das restantes pessoas! Então, um grupo de pessoas que se encontra, digamos, numa cantina, todos a comer ao mesmo tempo a comida mais banal (quando não precisamente a mesma), tem alguma razão para começar a dizer uns aos outros se "são servidos"? Então não têm todos a sua refeição à frente para comer? Porque haveriam de "ser servidos" do prato dos outros? (somos selvagens ou quê? íamos agora por-nos a tirar comida dos pratos uns dos outros. Era o que faltava!)

Independentemente da vontade genuína (ou não) que quem diz "são servidos?" possa ter em partilhar a sua comida, esta parece-me definitivamente ser daquelas expressões a utilizar apenas em determinadas situações, tipo, estar o lince a tomar uma refeição e chegar alguém à lura. Faço entrar as visitas inesperadas e, obviamente, pergunto: "são servidos?". De resto,se todos estão servidos, para quê perguntar se o "são"?

sábado, 8 de março de 2008

Into the Wild


Há filmes que não nos podem deixar indiferentes. O filme de ontem à noite, no Cidade do Porto, foi um deles: O Lado Selvagem
O lince até é um animal que gosta da sua solidão... de vez em quando... e solidão é o que não falta neste filme. Solidão, mas preenchimento também; descoberta, mas recusa de ver também. Não que seja preciso um filme para descobrir isso, mas uma história de auto-descoberta como esta tem de me fazer registar esta verdade: não é senão junto das pessoas que nos rodeiam que podemos encontrar o bem-estar e a felicidade. Felizmente, não estava sozinho a ver este filme.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Progenitoras e aniversários

Se o dia do nascimento do lince foi um dia importante, já o dia do nascimento da progenitora não o foi menos. Não fora o dia 7 de Março ter testemunhado o nascimento da minha linça favorita, não estaria eu hoje aqui a escrever para lhe prestar esta simbólica homenagem.
Feliz aniversário!

terça-feira, 4 de março de 2008

Bissextos e dias extras

Passou-se mais um Fevereiro... E que longo foi! 29 dias!!! E então o mais recente dia 29 foi verdadeiramente extenuante: o raio do dia nunca mais acabava!

Depois de 3 anos com Fevereiros a terem apenas 28 dias, é muito duro ter de trabalhar mais um dia. Nada contra a haver um dia a mais de 4 em 4 anos. Afinal, se os dias solares não têm 24 horas certinhas, então acho muito bem que se acrescente os dias necessários para acertar as contas com o Sol (senão, um destes dias ainda íamos ter o calendário todo trocado, com o Inverno em pleno Agosto.... e para isso já basta a história do aquecimento global). 
Mas, se temos de ter mais um dia, bem que podia ser declarado dia feriado! A ser gozado apenas de 4 em 4 anos, nem ia fazer muita diferença para a produtividade: no sector público não se produz quase nada e não, por isso mais dia menos dia nem se ia notar a diferença; já no sector privado, as contabilidades já estão programadas para anos com Fevereiros de apenas 28 dias, pelo que o facto de o dia 29 ser feriado não faria grande mossa. 

Para se assinalar o dia (sem ser a trabalhar), podíamos todos participar em festividades (organizadas pelo Estado ou por um grupo de sacerdotes para tal designado) em honra do Sol, qual divindade, até porque é por causa dele que temos de ter este dia extra periodicamente. As festividades poderiam incluir coisas simples e simbólicas como, sei lá, orgias comunitárias à escala continental (ou mundial) a durarem do nascer ao pôr-do-sol. Era engraçado, parece-me! Até porque permitiria o reforço dos laços de solidariedade comunitária (e de caminho também o aumento da taxa de natalidade). Mais sugestões são bem-vindas.
Para ser melhor, só mesmo mudar o dia extra para uma altura do ano mais confortável do que o mês de Fevereiro, que tem uma tendência para ser frescote. Olhem, o lince, por exemplo, não se importava de ter um dia 31 de Junho ou 32 de Julho. 

Qualquer coisa, desde que a ideia principal seja: Não trabalhar no dia extra!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Estrelas e amigos

"Os amigos são como as estrelas - mesmo quando o céu está nublado, sabemos que se encontram lá". É um cliché, mas é precisamente deste ponto que quero partir.

É muito bonito... 
Mas, se não restam dúvidas de que as estrelas estão sempre lá e os amigos também, já para se saber quem são esses afortunados ainda tenho bastantes. Como fazer? Depois de alguma reflexão, mas especialmente de alguma intuição, convenço-me de que sabemos que os amigos estão lá, como as estrelas em noites encobertas, simplesmente porque os sentimos lá.

A vida já ensinou ao lince de que nem tudo o que brilha no céu são estrelas. Às vezes são estrelas cadentes, cometas ou, pior!, satélites (pedaços artificiais e inertes ali estacionados). Todos eles brilham, mas todos eles, inexoravelmente, passam. Alguns soube desde sempre que nunca seriam estrelas; outros deixaram-me indeciso durante algum tempo; outros ainda eram estrelas e vicissitudes da vida fazem-me interrogar, neste preciso instante, sobre a sua condição.
Uma coisa é certa, o firmamento que cobre o lince é pontuado de poucas estrelas, mas são daquelas que brilham com intenso fulgor. 

Eles sabem quem são.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Chaves e filmes


Que rico serão!
A ideia inicial era a de desfrutar de um filme no cinema enquanto espectador passivo. Mas pensando bem, para quê fecharmo-nos dentro de uma sala às escuras a ver o filme dos outros, se podemos ficar fechados fora de uma sala (aliás, de toda a casa) e sermos protagonistas do nosso próprio filme? Foi precisamente o que aconteceu ao Lince, que ficou trancado fora da lura, porque resolveu sair de casa e bater a porta sem verificar se alguém tinha as chaves. 
Os ingredientes do script digno do Óscar de melhor argumento: 
1. porta fechada 
2. tentativa frustrada de fazer deslizar o trinco com o BI 
3. chamada para o piquete de urgência 
4. cara de lorpa quando o homem abriu a porta em menos de 10 segundos.
Assim se realizou, protagonizou e assistiu a um pequeno filme de serão de dia de semana que até seria caricato se a brincadeira não tivesse custado 50€.  
São só 10 idas ao cinema, no fim de contas... 10 filmes que ficarão por ver... mas também, com filmes destes a serem vividos na primeira pessoa, até se dispensam os do cinema!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

A SIC, Lisboa e o português

Que as principais cadeias de televisão portuguesas tenham de estar sediadas em Lisboa percebe-se, até porque é em Lisboa, fruto de infelicidades várias, que tudo neste país se passa. Agora que esse facto sirva de pretexto para se tentar normalizar tudo à imagem da norma lisboeta é que é inaceitável. 
Então não é que na reportagem hoje exibida no Jornal da Noite da SIC, sobre a barqueira da Barragem de Castelo de Bode, tiveram o descaramento de colocar legendas nas palavras da boa da senhora, que, embora já decana, continuava a expressar-se de forma perfeitamente clara, com a sua bela pronúncia da Beira Baixa? Nem que se tratasse da mais fechada pronúncia do coração da Serra da Estrela (que essa até eu admito ser de mais difícil compreensão) se justificaria tal vileza! Que diabo, estou indignado! (E um lince indignado não é coisa bonita de se ver!) Por instantes, desconfiei que a reportagem era dada a uma televisão brasileira, que, essas sim, já nos habituaram à necessidade de terem legendas ou uma dobragem para compreender o que nós por cá dizemos. 
Desconcerta-me que, num país tão pequeno e ainda tão diverso, tenhamos que acabar todos a falar com a mesma pronúncia que, claro está, tem de ser a de Lisboa. Pois português é o da capital (porque sim) e se lá não entenderem o que dizemos, é como se fôssemos uns bichos raros e nem pertencêssemos à mesma Nação.

Carnaval

Mais um ano que passou, mais um Carnaval que se aproxima. Pois é, dentro de 3 dias é outra vez Dia dos Namorados. 
Por estarem tão próximos um do outro, Carnaval e Dia dos Namorados confundem este lince, que tem dificuldade em se deixar enredar nos meandros comerciais destas "festas". 
Forço-me a encontrar diferenças. Vejamos... 
Uma são as máscaras: ficam as bruxas, os vampiros, os bin ladens e os travestis de fora para termos as meninas todas produzidas sob máscaras de base e perucas de cabelo esticado e às madeixas e os meninos de ténis dourado e de blazer com capucho e diamante de plástico na orelha; outra são os cortejos: fora com o corso carnavalesco e venha de lá o cortejo de automóveis em direcção aos restaurantes mais previsíveis, em longas filas de trânsito que permitem, pelo menos, ir exibindo a "miúda" pelo caminho; outra ainda são os participantes: nem todos os que ficam de fora o fazem por opção, muitos ficam por não preencherem o pré-requisito básico - ter uma cara metade.

Felizmente, o Dia dos Namorados não dura 3 dias, como o Carnaval. Não haveria força anímica para aguentar por mais do que um dia o espectáculo de casaizinhos a esforçarem-se por parecer românticos neste dia, apenas porque as máquinas publicitárias lhes dizem que devem sê-lo...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Viagem ao passado


Um dia de Inverno com sabor a Primavera. Um Sol brilhante num céu azul e 20º C de temperatura exigiam que a tarde fosse passada ao ar livre. A opção recaiu sobre a Citânia de Briteiros, nas proximidades de Guimarães e Braga. Por lá, em plena Natureza, o lince vagueou por entre muros e calçadas, vestígios de um passado com quase 3ooo anos que do alto de um esporão da serra teima em fazer-se presente e em mirar-nos. De regresso à lura, aqui fica o testemunho.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Courrier International e Selecções do Reader's Digest

Se isto fosse o 24 Horas, teria de escrever: Courrier International transforma-se em Selecções do Reader's Digest. Mas não, o semanário Courrier International apenas muda de formato e transforma-se em revista mensal.É uma evolução positiva, pelo menos para mim que sempre apreciei mais revistas do que jornais. Por outro lado, é verdade que se torna assim mais próximo da célebre e venerável revista das Selecções... um apanhado de notícias e artigos saídos em imprensa internacional variada. Bem, igual igual também não fica porque continuarão a faltar os artigos de auto-ajuda e os outros, aqueles de fazer chorar as pedrinhas da calçada.

Comparação alarve à parte, esta é apenas uma impressão causada pela notícia da mudança de formato. Em breve o lince terá uma opinião mais fundamentada para partilhar na lura.

Para já, aqui fica a capa da revista de Fevereiro para aguçar a curiosidade. Promete...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Post frustrado



Hoje ia haver um belo post, longo e palavroso como eu sei ser. Mas como estas coisas das tecnologias gostam de enguiçar e boicotar os nossos intentos no pior dos momentos, perdeu-se o texto inesperadamente. Fica apenas este desabafo, meio furioso, meio resignado.

Passar bem.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Bom ano novo... Boa década velha...

O ano já perdeu o sabor a novo e, à distância de 10 dias, tudo parece igual aos últimos dias de 2007. Bom, tudo talvez à excepção do acto de escrever a data, que durante alguns dias causa sempre estranheza ter de corrigir para oito o sete que teima em se impor.
Por mais disfarçado de grande festa que seja, o novo ano insinua-se sempre de forma tão subtil que só passados vários meses, já quase no final da sua duração, nos apercebemos do que realmente trouxe de novo às nossas vidas. Provavelmente, nessa altura já estaremos a planear a forma de assinalar a passagem para outro ano, que como o anterior, não trará nada de novo assim de repente (venham lá as resoluções de ano novo que vierem, mas isso é outra história). E assim, como quem não quer a coisa, um ano sucede a outro. 
E vem isto a talho de foice porque me apercebi, com a entrada de 2008, que já só faltam 2 anos para o fim da primeira década do século XXI! Que tem isso de extraordinário? Nada, até porque seja em que dezena for, o 8 vem sempre 2 unidades antes do 10... Bem, nada de extraordinário... não é bem assim. Ainda me lembro de quando entrou 2000, parece mesmo que foi há pouco. Começava uma nova década, novinha em folha; até 2010 faltava imenso tempo. 2001: a década continua fresquinha, afinal 2000 foi só no ano passado!; 2002: idem; e por aí adiante até 2005: meio da década, grande coisa! Isto acabou de começar. E assim, paulatinamente, os anos foram-se esvaindo, constante a sensação (que vinha desde 2000) de que a década acabara de começar e que ainda faltava imenso para o seu termo... Aqui está o que acho de extraordinário no ano que agora começa: se passam 10 anos sobre a Expo'98 e se desse ano ao 2000 me recordo de ter sido um instantinho, então vai ser um instantinho até 2010. Não pode!
Quando nasci, ninguém me avisou que as décadas passavam assim tão depressa! Estou a ser confrontado pela primeira vez com este facto. As décadas de 80 e 90 não contam, porque da primeira nem me apercebi de ter começado e durante a segunda estive tão ocupado a ser adolescente que nem tive tempo de me perder em reflexões destas. Já me encontro prestes a concluir a minha terceira década e, a avaliar pela experiência até agora, elas passam a correr! Com alguma sorte, conseguirei viver 8 décadas. Oito!!! Um mísero oito!
A vida medida em décadas não tem piada...

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Bem-vindos à lura do lince



A lura do lince... 
um espaço que um recatado lince aproveitará, espero, para expor. 
Reflexões, 
expressões de sensações, 
traduções de emoções, 
provavelmente confusões 
e, quem sabe, disparates às colecções.

Que se torne um hábito o refúgio nesta lura, que se tornem quotidianas as deambulações.

Fica o voto. 
E já agora, porque ainda vem a tempo, fica o voto de felicidade para 2008.