domingo, 31 de agosto de 2008

Hellboy


Pois é, o Lince raramente consegue dizer que não a um filme baseado em personagens de comics, especialmente se gostar mesmo das personagens em questão. É o caso do filme do Hellboy II: O Exército Dourado.

Um blockbuster de Verão repleto de acção tendo um pano de fundo meio sobrenatural, diriam alguns. É verdade. Mas até o Lince precisa de um filme neste registo de vez em quando (ok, este ano já foram o Hulk, o Iron Man, o Dark Knight e agora este, mas tem valido a pena).
O Hellboy é um filme de super-heróis que transpõe para o grande ecrã de forma exímia o ambiente que o criador da personagem - Mike Mignola - soube criar nos livros. A um enredo a que não falta nenhum dos ingredientes que fazem as delícias dos leitores dos livros do Hellboy (até porque o próprio Mignola é co-argumentista do filme), soma-se o delírio visual de Guillermo del Toro que conhecemos, por exemplo, do primeiro filme do Hellboy (2004) e, principalmente, do Labirinto do Fauno (2006). Seja pelas cenas de acção, seja pela envolvência mística e fantástica ou pelas próprias personagens que, de tão inauditas, despertam de imediato a curiosidade, além de que são bastante bem desenvolvidas, este é um filme que recomendo ver (perdoem-se apenas os maneirismos exagerados e irritantes do Princípe Nuada - se era essa a intenção, então foram bem sucedidos. O conselho é válido tanto para quem conhece de antemão o mundo de Hellboy, como para quem não conhece.

E de caminho, dêem uma olhadela aos livros de banda desenhada já editados em português, que valem bem a pena.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A febre


A febre do Heroes voltou à lura.
Oito meses depois de ter recebido a 1.ª temporada em DVD recheadíssima de extras, eis que chegou a hora de explorar com a calma devida (a que é possível, pois a vontade de ver "só" mais um episódio é sempre muita) esta série fabulosa que narra de forma muito verosímil o surgimento, na Terra, de pessoas com talentos especiais, que poderíamos chamar de superpoderes.
Aproximando-se muito do universo dos comics americanos de que o Lince é incurável apreciador, esta série torna-se um objecto de arte televisiva americana a ver, na medida em que apresenta um enredo intrincado, que sabe manter o suspense no final dos episódios como poucas, e na medida em que as personagens são credíveis (especialmente por não passarem a usar collants azuis com cuecas vermelhas por cima de um dia para o outro só porque descobrem possuir poderes): são mesmo seres humanos como nós, que são confrontados com descobertas sobre si que nem sempre são bem-vindas e nem sempre vêm facilitar-lhes a vida (como nós também ao longo da vida) e que têm que aprender a (sobre)viver com isso.

E como está na hora de mais um (dois, três...) episódio, o Lince fica por aqui.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O máximo

Não só já é "doutor" como agora o Lince também ganhou o título de "o máximo"! Isto de passar o dia a ouvir palavras destas faz mesmo muito bem ao ego. E o Lince bem precisa, como todos sabem. 
Obrigado a todos e a todas.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Dr. Lince


Vejam só o que chegou hoje à lura! Pois é, praticamente 7 anos depois de terminada a licenciatura, o Lince recebeu o seu canudo.

Se valeu a pena a espera? Claro!, um diploma em pergaminho tão lindo, escrito em latim e com uma fita azulinha que tem dependurado um selo e tudo... E se valeu os quase trinta contos pagos na altura? Claro!, o metro do pergaminho está pela hora da morte (dos cordeiros), como toda a gente sabe e o selo nem é em latão... é em prata!
Nem vale a pena pensar o jeito que me tinha dado ter ficado com os 30 contos no meu bolso há sete anos atrás, precisamente quando acabava de ficar desempregado (ou recém-licenciado, o que é quase a mesma coisa); ficaram a render para a universidade e ficaram muito bem, que ela bem precisa de dinheiro.

Com semelhante troféu, é toda uma vida que muda completamente! É que o raio do diploma dá mesmo jeito. Já o certificado, aquela folheca de nada, que utilidade tem? Agora não há cá confianças: é "Sô Dôtor Lince" para toda a gente, mas toda mesmo, desde o revisor do metro à senhora do quiosque, passando pela mãe, pai e restante família
!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

O Atlântico nunca mais será o mesmo


As férias do Lince levaram-no a paragens toscanas, já se sabe. Levaram-no ao encontro desse que é o berço da civilização ocidental, esse mar de comunicação e comunhão que foi e ainda vai sendo o Mediterrâneo.

É sabido que o Lince, como os felinos em geral, não é apreciador de praia e de mar por aí além, mas eis que a descoberta do mítico Mediterrâneo faz vacilar essa relativa aversão. As águas tépidas conhecidas primeiro nas Cinque Terre e depois reencontradas na costa do Parque Natural da Maremma conquistaram-me definitivamente. E, para mim, o Atlântico nunca mais será o mesmo. Isto é, pelo menos até desvendar o mistério da "água que parece sopa" dos trópicos. Nessa altura, talvez se redima!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Fim de férias


Chegam hoje ao fim as férias do Lince. É uma inevitabilidade. Mas apesar de tudo, uma boa inevitabilidade.

Como todas, pareceram umas férias breves. Mas intensas de sensações e experiências e retemperadoras (assim se espera). Novos sítios descobertos - consta que também já se avistam linces na Toscana -, sítios familiares desfrutados,
pessoas com experiências e emoções partilhadas ao sabor de conversas tranquilas tidas à luz das estrelas da nossa Beira ou à beira do nosso mar... Atlântico ou Mediterrâneo, tanto dá.

Acabam-se as férias, é verdade, mas importa é que alguma da serenidade (re)conquistada se propague pelo quotidiano a que agora se regressa. Mais para diante se saberá, pois
o regresso à labuta diária e ao corre-corre quotidiano o confirmarão.

Até daqui a 11 meses, férias!

domingo, 24 de agosto de 2008

Viagem ao passado

MMM MMM MMM MMM - Crash Test Dummies
É sempre agradável, pelas memórias que se reavivam, depararmo-nos com sons, imagens ou cheiros que nos transportam para tempos mais ou menos afastados (já os há que o Lince pode considerar bastante afastados, helas!). Foi o caso desta música que me saiu ao acaso das colunas do auto-rádio num qualquer trajecto e me levou de imediato para os anos do secundário, para o pátio da nossa mui querida escola, onde CDs se emprestavam a uns e outros para gravar nas já extintas cassettes. Memórias de sons de intervalo entre aulas. Memórias de caras de colegas e amigos, que o foram ou ainda o são. Memórias de rituais que já não se cumprem. Enfim, memórias de momentos que já não voltam, mas que estão presentes no que somos hoje...

Sweeney Todd ao ar livre


A noite de sexta-feira foi noite do lince ir ao cinema ao ar livre. Neste 9.º ano de existência da iniciativa, o lince finalmente foi descobrir este evento.

O filme em questão foi o Sweeney Todd, de Tim Burton (que ficou por ver aquando da passagem pelas salas), e o cenário a zona da gruta nos jardins do Palácio de Cristal. Apesar do que a abundância de sangue do filme poderia levar a crer, o lince não ficou deliciado com a primeira experiência: desde o som que estava em péssimo estado (e não me refiro apenas ao Johnny Depp a cantar) até ao local que não foi o melhor (dentro dos jardins do Palácio podiam ter escolhido outro sítio com mais espaço para mais lugares sentados, a concha acústica, por exemplo) passando pelos senhores que se entretiveram a disparar flashes para a cara dos espectadores que, no escuro, tentavam ver o filme, a sessão deixou a desejar em múltiplos aspectos. Ainda se o filme provasse merecer tal sacrifício, ainda teria valido a pena. Mas este Sweeney Todd, embora não conheça toda a obra do Tim Burton, parece-me ser do piorzinho que este realizador já nos apresentou.

Se a programação do Cinema Fora do Sítio fosse mais apelativo, o Lince ainda estaria disposto a dar uma segunda oportunidade a este evento. Terá de ficar para o próximo ano!

Magia em Cerveira



Há algo de mágico em assistir a um concerto de Wim Mertens numa noite de Verão, sob o céu estrelado de Vila Nova de Cerveira. O dueto com a violinista Gudrum Vercampt aproximou-se à experiência de ouvir o concerto celeste dos astros em movimento, que só alguns ouvidos atentos conseguem ouvir. O Lince foi à cervaria e traz um vídeo não faz justiça ao espectáculo, mas é o que se arranja...