domingo, 18 de maio de 2008

O Lince foi ao Cirque

Estava prometido para segunda-feira, mas já foi há uma semana. Uma semana para encontrar palavras para descrever a experiência que foi assistir a tal espectáculo. Mas há lá palavras que lhe façam justiça? Se na televisão parece magia, ali ao vivo sente-se a magia no ar. A graça e a harmonia aliados ao rigor técnico e à perfeição física num casamento perfeito. Será cliché dizer que muitos daqueles artistas (ou todos?) poriam a um canto muitos atletas olímpicos?

E depois, a perfeição e o rigor não se ficam só pelos artistas. Uma organização eficientíssima: se está previsto começar às 21h30, é às 21h30 que começa; e se o intervalo deve acontecer entre as 22h30 e as 23h, é inevitavelmente nesse período que irá durar - nem mais nem menos. A única coisa que lembra que não fomos transportados para outra dimensão onde tudo funciona bem e que ainda estamos em Portugal é a existência dos costumeiros espertalhões, que obviamente não foram educados a conviver com regras e que por isso se julgam acima do cumprimento de qualquer uma, por mais básica e sensata que seja. Ao pedido de não se tirarem fotografias ou registar imagens e de não usar o telemóvel durante o espectáculo, por poderem interferir com a concentração dos artistas, podendo colocá-los em perigo, houve algumas pessoas que fizeram orelhas moucas, mas que tiveram o privilégio de serem de imediato repreendidas pelo staff.

Mas o que interessa é que isso não bastou para estragar o espectáculo que foi mágico. Fica o desejo de ver outros espectáculos do Cirque du Soleil a vir a Portugal.

Ah, e caso estivessem preocupados: o Lince não foi impedido de entrar no recinto.

Sem comentários: