Por estarem tão próximos um do outro, Carnaval e Dia dos Namorados confundem este lince, que tem dificuldade em se deixar enredar nos meandros comerciais destas "festas".
Forço-me a encontrar diferenças. Vejamos...
Uma são as máscaras: ficam as bruxas, os vampiros, os bin ladens e os travestis de fora para termos as meninas todas produzidas sob máscaras de base e perucas de cabelo esticado e às madeixas e os meninos de ténis dourado e de blazer com capucho e diamante de plástico na orelha; outra são os cortejos: fora com o corso carnavalesco e venha de lá o cortejo de automóveis em direcção aos restaurantes mais previsíveis, em longas filas de trânsito que permitem, pelo menos, ir exibindo a "miúda" pelo caminho; outra ainda são os participantes: nem todos os que ficam de fora o fazem por opção, muitos ficam por não preencherem o pré-requisito básico - ter uma cara metade.
Felizmente, o Dia dos Namorados não dura 3 dias, como o Carnaval. Não haveria força anímica para aguentar por mais do que um dia o espectáculo de casaizinhos a esforçarem-se por parecer românticos neste dia, apenas porque as máquinas publicitárias lhes dizem que devem sê-lo...
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