Bom, mas o que trouxe o Lince à lura hoje nem é tanto a estreia do filme (aguardado por estes lados com grande expectativa... a Sra. D.ª Julianne Moore é uma senhora!), mas principalmente a forma como a notícia é veiculada nas notícias. Grande pompa com directos para a sala de espectáculos e tudo.
Até aqui, tudo normal, não fosse este o país onde a televisão acha qualquer coisa digna de directos com "entrevistas" de repórteres com perguntas sempre tão inteligentes e enriquecedoras para o espectador como a de perguntar aos infelizes que ficaram com as vidas destruídas por um incêndio "então e como se sente?".
Mas o golpe de génio dos nossos jornalistas no respeitante à estreia deste filme (era aqui que queria chegar) é mesmo a forma de se referirem ao filme. Por uma vez que um filme americano é adaptado de uma obra literária portuguesa e onde, portanto, não há a menor hipótese de se errar na tradução (retroversão?) do título, é mesmo necessário dizerem "Blindness" por tudo e por nada? Será assim tão difícil dizerem "Ensaio sobre a Cegueira"? É assim que toda a gente se refere ao livro desde que ele existe, e agora tem de se dizer "Blindness"? É mais chique, querem ver?
Que raio de cegueira afecta este país, onde nem o que é nosso escapa a ser tratado com expressões inglesas.
Mas o golpe de génio dos nossos jornalistas no respeitante à estreia deste filme (era aqui que queria chegar) é mesmo a forma de se referirem ao filme. Por uma vez que um filme americano é adaptado de uma obra literária portuguesa e onde, portanto, não há a menor hipótese de se errar na tradução (retroversão?) do título, é mesmo necessário dizerem "Blindness" por tudo e por nada? Será assim tão difícil dizerem "Ensaio sobre a Cegueira"? É assim que toda a gente se refere ao livro desde que ele existe, e agora tem de se dizer "Blindness"? É mais chique, querem ver?
Que raio de cegueira afecta este país, onde nem o que é nosso escapa a ser tratado com expressões inglesas.
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